
ROTAS DE SESIMBRA
Chã dos Navegantes
Percurso circular, com início e fim na zona do Cabo Espichel. Possui inclinação acentuada pelo que, com condições atmosféricas adversas, pode apresentar dificuldades.
O início do percurso faz-se em direção a sul, numa descida acentuada sobre blocos calcários e trilhos ladeados por matos característicos da serra.
No final da descida, o caminhante chega a uma zona aplanada, no extremo da arriba, denominada por rechã, que proporciona paisagens únicas de calcário talhado pelo mar. Ao longe podem observar-se as imponentes arribas que recortam a costa sul.
Rechã
Plataforma de abrasão marinha que, situada a uma cota superior à do nível do mar nos dias de hoje, demonstra que esse nível já ali se situou. O próprio Cabo Espichel corresponde a uma plataforma de erosão marinha, hoje a cerca de 100 metros de altitude, que indica também o nível médio do mar durante a última interglaciação, há cerca de 100 a 120 mil anos. A rechã a oeste do Forte de São Domingos da Baralha encontra-se a cerca de sete metros acima do atual nível médio do mar e está marcada pela ação do mar e dos agentes erosivos sobre a rocha calcária, o que lhe confere o aspeto irregular.
Forte de São Domingos da Baralha
Pequena fortificação do século XVII, de forma rectangular. Deste edifício em ruína ainda se pode observar o imponente pano de muralha do forte, a porta, a antiga cisterna e a capela. Este forte fazia parte de um conjunto de fortificações de vigilância marítima-costeira que protegiam a costa de investidas de piratas. Existiam vários fortes deste tipo distribuídos desde a Lagoa de Albufeira até ao Outão.
Flora e Fauna
A corriola de Espichel (Convolvulus fernandesii) e o trovisco do Espichel (Euphorbia pedroi) são duas espécies de flora endémicas presentes no Parque Natural da Arrábida que apresentam toda a sua distribuição mundial entre o Cabo Espichel e Sesimbra. Estão presentes em locais com elevada exposição solar e verticalidade, sobre solos incipientes, nas arribas litorais calcárias que circunscrevem o percurso. O trajeto permite observar exemplares de zimbro das areias (Juniperus turbinata), espécie presente em locais secos e soalheiros do litoral português. Corresponde a um arbusto ou árvore de pequeno porte, com folhas escamiformes e ovadas, que, quando dominante, dá origem a zimbrais. As arribas costeiras são também um importante local para a avifauna, sendo local de nidificação de várias espécies. Será possível observar rapinas como o falcão peregrino (Falco peregrinus) e a águia de Bonelli (Aquila fasciata).
INÍCIO E FIM
38°25'12.9"N 9°12'29.5"W
ABASTECIMENTO
Existem café e casas de banho públicas junto do Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel a cerca de 500 metros de distância do início da rota.
RECOMENDAÇÕES
Utilização de calçado confortável e com boa tração (sapatilhas ou botas), roupa adequada à estação do ano, chapéu, água e víveres. Durante o verão devem ser tomadas precauções em dias de temperaturas elevadas.
Durante o inverno devem ser tomadas precauções em dias de pluviosidade elevada e nevoeiro.
Ficha Técnica

Tipo de Percurso | Circular

Época aconselhada | todo o ano

Sentido Recomendado | A – B

Extensão | 5 Kms

Duração Aproximada | 1h30

Desnível Acumulado | +116m / -116M

Altitude min/máx | 32m/148m
grau de dificuldade

4

2

3

2

